A audiência da Comissão de Agricultura da Câmara foi marcada por momentos de tensão entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O deputado Delegado Caveira (PL-PA) usou seu tempo de fala para criticar o aumento da carga tributária, atacou o número de ministérios do governo Lula e provocou Haddad chamando-o de “Taxad”. A provocação gerou reação imediata de colegas, como o deputado Marcon (PT-RS), e resultou em troca de ofensas no plenário.
O ministro rebateu afirmando que a maior distorção tributária foi a falta de atualização da tabela do Imposto de Renda nos últimos anos, o que, segundo ele, penaliza os trabalhadores de forma injusta.
“Agora, taxar bet, super rico e banco, isso o senhor pode usar apelido à vontade”, ironizou Haddad.
Ele também defendeu a aprovação do projeto que endurece regras contra devedores contumazes, destacando que a medida ajudará a expor esquemas de crime organizado e responsabilizar quem “rouba o Brasil”.
A discussão se intensificou quando Haddad acusou a gestão anterior de deixar 33 milhões de brasileiros em situação de fome e de ter atrasado a vacinação contra a Covid-19, o que contribuiu para milhares de mortes.
Deputados baixam o nível e fazem ataques pessoais a Haddad
Em outro momento, a deputada Juliana Zanatta (PL-SC) repetiu o apelido “Taxad” e fez uma provocação pessoal envolvendo a vida familiar do ministro, que pediu respeito e que sua esposa não fosse mencionada.
Haddad ainda aproveitou para destacar sua trajetória acadêmica e respondeu diretamente ao deputado Caveira:
“O fato de eu ter passado em uma prova de economia estudando apenas dois meses é mérito meu. Garanto que o senhor não tem nenhum amigo com essa capacidade intelectual.”