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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou sua residência em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar desde agosto, para realizar um procedimento médico no Hospital DF Star neste domingo (14). A saída foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ainda a apresentação de relatório médico em até 48 horas. A previsão é de alta ainda neste domingo.
Segundo laudo anexado pela defesa, o cirurgião Cláudio Birolini recomendou a retirada de pequenas lesões marrons na pele do ex-presidente. O material será encaminhado para biópsia a fim de identificar se é benigno ou maligno.
Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 8h, acompanhado do filho Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (SC). Visivelmente abatido, não acenou aos apoiadores que o aguardavam, mas retribuiu com um discreto sorriso. Cerca de 30 pessoas, a maioria mulheres vestidas de verde e amarelo, leram passagens da Bíblia e pediram anistia em frente ao hospital.
A chegada foi marcada por um princípio de confusão quando uma mulher gritou “27 anos”, em referência à pena imposta pelo STF. O grupo de apoiadores reagiu, mas a Polícia conteve o tumulto.
A operação de escolta envolveu agentes da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Penal e do Comando de Operações Especiais. Moraes reforçou que todos os veículos que entram e saem da casa de Bolsonaro permanecem sujeitos a revista.
Condenação de Bolsonaro
Esta foi a segunda saída do ex-presidente desde que foi colocado em prisão domiciliar. A primeira ocorreu em 16 de agosto, quando realizou exames que diagnosticaram esofagite, gastrite e resíduos de infecções pulmonares.
Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, associação criminosa e outros crimes. A decisão incluiu também a condenação de sete de seus aliados.