Casa EconomiaApoiado no exterior, Ibovespa retoma fôlego e fecha semana em alta

Apoiado no exterior, Ibovespa retoma fôlego e fecha semana em alta

por Adriana Cardoso
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O Ibovespa encerrou a sexta-feira (17) com alta de 0,84%, aos 143.398 pontos, acumulando ganho semanal de 1,93% após três semanas consecutivas de queda. O avanço foi impulsionado por ações de petroleiras, bancos e otimismo pontual nos mercados globais.

O dólar comercial caiu pelo terceiro dia seguido, recuando 0,69% e fechando a R$ 5,405. O real ganhou força, mesmo em um cenário ainda volátil. Já os contratos de juros futuros (DIs) encerraram o dia em movimento misto.

Entre os destaques do pregão, a PRIO (PRIO3) liderou os ganhos, com alta de 5,61%, após a retomada da produção no campo de Peregrino, autorizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo). Foi também o papel mais negociado do dia.

A Petrobras (PETR4) subiu 0,95% após três sessões de queda, mesmo com o petróleo internacional avançando de forma modesta. Os grandes bancos também contribuíram: Bradesco (BBDC4) ganhou 0,68% e acumulou alta semanal de quase 5%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) saltou 2,60%, na máxima do dia.

Em contrapartida, a Vale (VALE3) recuou 0,28%, acompanhando a queda do minério de ferro.

No cenário internacional, declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, voltaram a acirrar o clima comercial com a China. Trump afirmou que uma tarifa de 100% sobre produtos chineses “não é sustentável”, mas responsabilizou Pequim pelo impasse, após restrições chinesas à exportação de terras raras.

Por aqui, seguiu repercutindo hoje o primeiro encontro entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, realizado na quinta-feira (15), em Washington. A reunião marcou o reinício formal das negociações bilaterais entre os dois países para reversão do tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump sobre produtos importados do Brasil. Em tom pragmático e cordial, a conversa focou principalmente em temas econômicos e comerciais, deixando de fora questões políticas delicadas que haviam deteriorado o diálogo nos últimos anos.

Mercado externo

Wall Street começou o dia instável, mas fechou em alta após declarações de Trump sobre tarifas contra a China e falas de dirigentes do Federal Reserve sugerindo possível corte de juros. O humor melhorou apesar das preocupações com fraudes em empréstimos de bancos regionais, como Zions e Western Alliance. As perdas foram modestas, mas reacenderam o alerta sobre riscos no setor financeiro. A Europa não acompanhou o otimismo e fechou em queda. O ouro manteve trajetória de valorização.

O Dow Jones fechou com alta de 0,52% no dia e de 1,56% na semana; o S&P 500 com, respectivamente, +0,53% e +1,67%; e o Nasdaq encerrou a sexta com +0,52% e a semana em +2,14%.

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