Casa EconomiaApagão foi causado por falha elétrica, não por falta de energia, diz ministro

Apagão foi causado por falha elétrica, não por falta de energia, diz ministro

por Adriana Cardoso
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (14), durante entrevista ao programa “Fala, Ministro”, da EBC, que o apagão ocorrido na madrugada em partes do Brasil foi provocado por um incêndio na subestação de Bateias, localizada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). “Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia”, frisou o ministro.

O apagão interrompeu parte significativa do fluxo de energia no SIN (Sistema Interligado Nacional), levando o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) a executar cortes programados para evitar uma pane ainda maior.

Silveira destacou que, diferente dos apagões históricos de 2001 e 2021, o episódio atual não está relacionado à escassez de geração ou falhas no planejamento energético, mas sim a uma ocorrência pontual na rede de transmissão.

Como o sistema respondeu ao apagão

O Sistema Interligado Nacional, que conecta quase todas as regiões do país por cerca de 180 mil quilômetros de linhas de transmissão, opera de forma automatizada. Ao detectar a falha na subestação de 500 kV, o sistema reagiu com o desligamento de cargas em diversas áreas, como forma de proteger a integridade da rede.

“O sistema, perdendo uma subestação desse volume, corta programadamente um percentual em cada estado mais próximo, e em alguns outros estados onde é necessário fazer uma reprogramação da carga”, explicou Silveira.

O incêndio teve início às 0h32. Em resposta, o retorno da energia foi iniciado ainda nos primeiros minutos, com a recomposição da carga ocorrendo de forma controlada.

À 1h30 da manhã, o fornecimento já havia sido restabelecido nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A região Sul foi a última a ser normalizada, por volta das 2h30.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o tempo total de recomposição foi inferior ao registrado em apagões anteriores de magnitude semelhante.

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