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Alta nos índices futuros reflete balanços positivos de Amazon e Apple

por Adriana Cardoso
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Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta sexta-feira (31), impulsionados pelos balanços robustos de Amazon e Apple. As ações da Amazon subiram mais de 13% após a empresa reportar avanço de 20% na receita de computação em nuvem no terceiro trimestre. A Apple também avançou cerca de 3%, apoiada por resultados sólidos e projeções positivas para o trimestre de fim de ano.

O movimento ocorre em meio à expectativa pelos discursos de dirigentes do Federal Reserve, após a autoridade monetária reduzir os juros nesta semana, em decisão que revelou divergências internas sobre os próximos passos da política monetária.

No Brasil, o foco recai sobre a divulgação das contas públicas de setembro e da taxa de desemprego, às 8h30 e 9h, respectivamente. Os números vêm após o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontar criação de 213 mil vagas formais em setembro, acima da projeção de 170 mil.

A temporada de balanços segue movimentada: Irani (RANI3) e Tenda (TEND3) publicam resultados nesta sexta, enquanto o mercado ainda repercute os números de Vale, Multiplan e Ambev.

No exterior, Exxon Mobil, Chevron, BYD e Mitsubishi também divulgam seus resultados do terceiro trimestre. Além disso, a 32ª Cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) tem início na Coreia do Sul, reunindo 21 economias sob o tema “Construindo um amanhã sustentável: conectar, inovar, prosperar”.

Brasil

O Ibovespa fechou a quinta-feira (30) em alta de 0,10%, aos 148.780,22 pontos, renovando o recorde de fechamento alcançado no dia anterior. Durante a sessão, o índice superou pela primeira vez os 149 mil pontos, chegando a 149.234,04, marcando uma nova máxima histórica. Essa é a sétima alta consecutiva, igualando o desempenho de abril, quando o índice também registrou sete pregões seguidos no positivo.

Apesar do bom desempenho da bolsa, o real não conseguiu acompanhar o ritmo, e o dólar subiu 0,42%, cotado a R$ 5,380. A curva de juros futuros seguiu em alta, refletindo as expectativas de maior aperto monetário.

Europa

As bolsas europeias operam no vermelho, com investidores digerindo uma série de balanços corporativos divulgados esta semana e à decisão do BCE (Banco Central Europeu) de manter as taxas de juros inalteradas.

STOXX 600: -0,19%


DAX (Alemanha): +0,36%


FTSE 100 (Reino Unido): -0,25%


CAC 40 (França): -0,11%


FTSE MIB (Itália): +0,29%

Estados Unidos

Os futuros de Nova York avançam após os resultados de Amazon e Apple acima do esperado, enquanto os agentes também repercutem a trégua de um ano firmada entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, após reunião na Coreia do Sul, aliviando tensões entre EUA e China. Trump reduziu em 10% as tarifas sobre produtos chineses ligados ao fentanil, levando a tarifa média a 47%. Em resposta, Pequim suspendeu por um ano os controles de exportação de terras raras anunciados anteriormente.

Dow Jones Futuro: +0,04%


S&P 500 Futuro: +0,61%


Nasdaq Futuro: +1,15%

Ásia

O índice Nikkei, do Japão, liderou os ganhos na Ásia nesta sexta-feira, impulsionado pela trégua comercial entre EUA e China firmada na Coreia do Sul, que reduziu tensões sobre terras-raras. O Kospi também avançou e fechou em nova máxima de 4.107,5 pontos, após alta das ações de tecnologia. A Nvidia anunciou parceria com o governo sul-coreano para ampliar a infraestrutura de IA (inteligência artificial) do país, com uso de mais de 250 mil GPUs.

Shanghai SE (China), -0,81%


Nikkei (Japão): +2,12%


Hang Seng Index (Hong Kong): -1,43%


Nifty 50 (Índia): -0,43%


ASX 200 (Austrália): -0,04%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em queda, com os investidores avaliando a trégua na disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

Petróleo WTI, -0,31%, a US$ 60,38 o barril


Petróleo Brent, -0,22%, a US$ 64,86 o barril

Agenda

Nos EUA, sexta-feira de agenda fraca de indicadores macroeconômicos. Estão previstos discursos de membros do Federal Reserve, o banco central estadunidense.

Por aqui, no Brasil, a Câmara e o Senado aprovaram na quinta-feira (30) mudanças nas regras de energia em votação simbólica que durou segundos, alterando uma MP (medida provisória) do governo e beneficiando uma usina a carvão do grupo J&F. O texto mantém limites à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), cria regras para armazenamento de energia e adia a abertura do mercado livre de baixa tensão. A proposta segue agora para sanção presidencial, enquanto ajustes incluem compensações a geradoras e extensão da operação da usina a carvão até 2040.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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