Casa EconomiaEUA encerram paralisação histórica e mercados globais reagem com otimismo

EUA encerram paralisação histórica e mercados globais reagem com otimismo

por Adriana Cardoso
0 comentários
eua-encerram-paralisacao-historica-e-mercados-globais-reagem-com-otimismo

Os mercados globais operam no campo positivo nesta quinta-feira (13), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionar o projeto que encerra a paralisação mais longa da história do governo norte-americano. O acordo garante financiamento até 30 de janeiro e pagamento retroativo aos servidores federais.

O fim do shutdown anima os mercados, enquanto investidores aguardam dados de emprego e o discurso de Mary Daly, do Federal Reserve, o banco central estadunidense.

No Brasil, o chanceler Mauro Vieira se reúne em Washington com o secretário de Estado Marco Rubio para negociar a redução de tarifas sobre produtos como café e carne. Em Brasília, o presidente Lula conduz reunião ministerial com foco na economia e infraestrutura.

Ainda por aqui, são aguardados dados do varejo e da produção e vendas de veículos.

Brasil

O Ibovespa interrompeu na quarta-feira (12) uma sequência inédita de 15 altas consecutivas e encerrou o pregão com leve recuo de 0,07%, mas ainda assim aos 157.632 pontos. A correção, após o maior rali do século, refletiu a realização de lucros e o impacto da queda nas ações de petroleiras, acompanhando o recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.

O dólar comercial subiu 0,37%, a R$ 5,29, após cinco sessões em baixa. Já os juros futuros (DIs) mantiveram tendência de queda ao longo da curva.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que os juros devem permanecer em nível restritivo “pelo tempo necessário” para atingir a meta de inflação de 3%. O comentário reforçou a cautela dos investidores, que também aguardam o balanço do Banco do Brasil (BBAS3) após o fechamento — papel que caiu 2,85% na sessão.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, como reflexo do fim da paralisação do governo americano. Além disso, os investidores seguem de olho na divulgação de balanços corporativos, com Siemens, Deutsche Telekom, Enel, Merck, Alstom, entre outros. Os dados da produção industrial da União Europeia também serão divulgados hoje.

STOXX 600: +0,24%


DAX (Alemanha): +0,07%


FTSE 100 (Reino Unido): -0,26%


CAC 40 (França): +0,81%


FTSE MIB (Itália): +0,43%

Estados Unidos

O índice Dow Jones fechou acima de 48 mil pontos pela primeira vez na quarta-feira, rumo ao melhor desempenho semanal desde junho. O S&P 500 também avançou, enquanto o Nasdaq, pressionado por ações de tecnologia, recuou após quatro altas seguidas. Com o fim da temporada de balanços, o foco dos investidores volta-se ao Federal Reserve e às expectativas de cortes nos juros, que podem impulsionar a recuperação iniciada em abril.

Dow Jones Futuro: +0,18%


S&P 500 Futuro: +0,09%


Nasdaq Futuro: +0,16%

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta nesta quinta-feira, seguindo o desempenho de Wall Street na véspera. Em Tóquio, as ações do SoftBank caíram 3,38% pelo segundo dia seguido, após a empresa vender sua participação de US$ 5,8 bilhões na Nvidia para reforçar investimentos na OpenAI.

Shanghai SE (China), +0,73%


Nikkei (Japão): +0,43%


Hang Seng Index (Hong Kong): +0,56%


Nifty 50 (Índia): +0,32%


ASX 200 (Austrália): -0,52%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam pelo segundo dia consecutivo nesta quinta, após um aumento dos estoques de petróleo bruto nos EUA, o maior consumidor mundial.

Petróleo WTI, -0,26%, a US$ 58,34 o barril


Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 62,58 o barril

Agenda

Em dia de agenda esvaziada, é aguardado discurso de Mary Daly, membro do Federal Reserve, nos EUA; e dados da produção industrial da União Europeia.

Por aqui, no Brasil, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o Banco Central pode cortar a taxa Selic até janeiro e que a inflação deve cair para o centro da meta em 2026. Ela manteve a meta fiscal de superávit de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto) para o próximo ano e descartou alterações. Tebet também citou a possibilidade de elevar impostos sobre apostas online para reforçar as contas públicas

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

você pode gostar