Casa EconomiaTrês fontes de proteína de alta qualidade para pessoas com mais de 50 anos

Três fontes de proteína de alta qualidade para pessoas com mais de 50 anos

por Gabriel Anjos
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As proteínas são essenciais para o funcionamento do corpo humano em todas as fases da vida — atuando na formação de tecidos, no metabolismo e até na imunidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma dieta rica em proteínas de alto valor biológico é fundamental para evitar a perda de massa muscular, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas. A carência desse nutriente é mais comum do que se imagina: cerca de 10% da população mundial consome menos proteína do que o necessário, segundo o Global Nutrition Report 2021.

Esse déficit tem impulsionado o crescimento dos alimentos fortificados, dos rótulos com o selo “+proteína” e o interesse por fontes alternativas, como as microalgas — que prometem unir nutrição e sustentabilidade. Especialistas apontam três fontes completas, acessíveis e funcionais: iogurte, microalgas e ovos. A informação é do jornais “La Nacion” e “O Globo”.

Iogurte: tradição milenar e ciência moderna

Presente nas mesas há mais de 4 mil anos, o iogurte nasceu de forma acidental no Oriente Médio, quando povos nômades transportavam leite em bolsas de couro que, com o calor, fermentavam o líquido. O resultado era uma nova textura e sabor — e uma das primeiras formas de alimento probiótico da história.

A ciência moderna confirmou o valor nutricional dessa descoberta. No século XIX, o búlgaro Stamen Grigorov identificou as bactérias responsáveis pela fermentação, e o russo Ilya Metchnikoff, vencedor do Nobel, associou o consumo do iogurte à longevidade dos camponeses búlgaros, consolidando o conceito de “probióticos”.

A nutricionista Milagros Sympson explica que o alimento é rico em cálcio, gorduras boas, vitaminas do complexo B e minerais como fósforo, potássio e magnésio. “As proteínas do iogurte têm alto valor biológico e são ricas em aminoácidos essenciais, como a leucina, fundamental para a manutenção e o crescimento muscular. Cem gramas de iogurte natural integral oferecem cerca de quatro gramas de proteína”, destaca.

O iogurte contribui para a saciedade e pode ajudar no controle do peso em dietas com restrição calórica.

Três fontes de proteína de alta qualidade para pessoas com mais de 50 anos

Microalgas: o futuro da alimentação sustentável

Em um planeta que busca alternativas mais sustentáveis ao modelo alimentar atual, as microalgas surgem como candidatas promissoras. Capazes de realizar fotossíntese e ricas em nutrientes, elas combinam eficiência ambiental e alto valor nutricional.

O gastroenterologista Facundo Pereyra observa que, em algumas espécies, como a spirulina, o teor proteico pode chegar a 70% do peso seco — nível comparável ao das fontes animais.

“São proteínas completas e podem ser uma alternativa viável para quem segue dietas à base de plantas”, afirma. Pereyra ressalta ainda outros benefícios: o alto teor de ômega-3, importante para a saúde cerebral e ocular; compostos prebióticos que favorecem a digestão; e minerais como ferro, essenciais para atletas e idosos.

Ovos: nutrição completa e acessível

Clássicos e democráticos, os ovos continuam sendo uma das fontes mais econômicas e eficientes de proteína. Um único ovo fornece cerca de seis gramas de proteína e apenas 70 calorias, além de vitaminas B12, D e riboflavina.

“Você obtém muita proteína por poucas calorias”, afirmou Bethany Doerfler, nutricionista da Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern, em entrevista ao “The New York Times”.

A professora Sapna Batheja, da Universidade George Mason, reforça que os ovos contêm os nove aminoácidos essenciais que o corpo humano não produz. “Por isso, são considerados uma fonte de proteína completa”, explica.

Entre tradição, inovação e acessibilidade, iogurtes, microalgas e ovos mostram que a busca por uma alimentação mais equilibrada passa, inevitavelmente, pelo protagonismo das proteínas — agora, com um olhar que combina saúde, ciência e sustentabilidade.

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