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Deputada bolsonarista tenta impedir trabalho de jornalista do ICL no Congresso

por Gabriel Anjos
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A jornalista Manuela Borges, do ICL Notícias, sofreu uma tentativa de censura do seu trabalho no Congresso Nacional. O episódio ocorreu nesta segunda-feira (6), na entrada de uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, após uma entrevista com a deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF).

Manuela abordou a deputada Bia Kicis para perguntar sobre a caminhada pró-anistia, marcada para esta terça-feira (7), às 16h, em Brasília. Na entrevista, exibida no ICL Notícias – 1ª edição, Kicis disparou algumas fake news, que foram prontamente rebatidas pela jornalista. A deputada, em certo momento, abandonou a gravação.

Após o episódio, Manuela Borges se dirigiu a uma sessão da CPMI do INSS. Na entrada, a segurança afirmou que Manuela estava impedida de entrar na comissão porque “constrangeu uma deputada”, que mandou barrar a entrada da repórter. A jornalista estava credenciada para a cobertura.

Quando questionados pelos jornalistas, os seguranças não quiseram confirmar se a ordem havia sido dada pela deputada Bia Kicis. A entrada de Manuela Borges só foi autorizada após questionamentos e com a chamada do chefe da segurança.

“Eu bati o pé, disse que tinha credencial de imprensa, que não havia desrespeitado ninguém e iria fazer uma denúncia formal de censura na Mesa Diretora do Senado. Disse que iria anexar a entrevista gravada ao meu favor”, relatou Manuela Borges.

“Fica o alerta. Eles reclamam de censura e mordaça do Judiciário, ,mas querem impedir o trabalho da imprensa independente e livre. Estamos de olho e não vão nos calar”, salientou Manuela Borges.

Deputada Bia Kicis

Bia Kicis está em seu segundo mandato consecutivo como deputada federal no Congresso Nacional. Em 2018, foi eleita pelo PSL – hoje União Brasil – , mas pouco tempo depois conseguiu ser expulsa do partido por “grave infração ética”.

Bia Kicis (PL-DF)

Em 2025, Bia Kicis entrou na lista dos investigados no inquérito do STF, liderado por Flávio Dino, que investiga o grupo por incitar a população a desrespeitar medidas sanitárias e adotar condutas nocivas ao enfrentamento da pandemia. Kicis também esteve na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das fake news, que investiga ameaças contra integrantes da Corte.

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