O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, aos 143.949 pontos, registrando seu pior desempenho desde agosto. A queda veio em dia de aversão ao risco no Brasil, apesar da aprovação unânime do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O dólar comercial subiu 0,20%, para R$ 5,339, e os juros futuros avançaram em toda a curva.
O presidente Lula (PT) celebrou, em publicação nas redes sociais, a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto enviado pelo governo ao Congresso que amplia a faixa de isenção do IR, uma promessa de campanha do petista. Lula afirmou que a medida “corrige uma grande injustiça” no sistema de tributação de rendas no país. O projeto ainda precisa ser analisado pelo Senado, que já aprovou proposta semelhante.
No mercado acionário brasileiro, Vale e Gerdau foram exceções positivas. Petrobras caiu 0,96%, pressionada por baixa no petróleo e incertezas sobre dividendos e questões ambientais. Bancos também recuaram, com destaque para Bradesco, que perdeu 1,63%.
Os agentes também teriam repercutido a notícia veiculada pelo jornal Diário do Grande ABC de que o governo Lula estaria estudando implementar tarifa de ônibus zero no país. A informação foi passado ao jornal pelo deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP).
Segundo ele, o presidente Lula teria determinado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que “prepare estudos para implementar e lançar ainda este ano” programa federal de tarifa zero em todos os modais para transporte coletivo de passageiros. O custo seria de R$ 100 bilhões anuais.
Mercado externo
No cenário externo, o mercado americano ignorou a paralisação do governo (shutdown) e renovou recordes. Investidores apostam que o impasse será breve, embora haja preocupações sobre a falta de divulgação de dados econômicos — como o payroll — essenciais para a política monetária do Federal Reserve.
O Dow Jones subiu 0,17%, aos 46.520,15 pontos; o S&P 500, +0,06%, aos 6.715,38 pontos; e o Nasdaq, +0,39%, aos 22.844,05 pontos.
