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Desvios do INSS: empresário escondeu carros de luxo antes de operação da PF

por Ayam Fonseca
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A Polícia Federal (PF) acusou Fernando Cavalcante, empresário suspeito de lavar dinheiro no caso dos desvios do INSS, de esconder carros de luxo em um shopping em Brasília momentos antes de uma operação contra fraudes bilionárias no INSS ser deflagrada. Segundo os investigadores, o empresário estacionou uma Ferrari vermelha e duas Mercedes em uma garagem de área nobre, na noite de 22 de abril, véspera da ação da PF.

A PF informou que os carros só foram retirados do estacionamento oito dias depois da operação. Um dos motoristas de Cavalcante foi quem retirou os veículos do local. Os investigadores acreditam que houve um vazamento sobre a operação, levando à abertura de uma nova frente de investigação.

Na sexta-feira (22), os agentes foram novamente à casa de Cavalcante, onde conseguiram apreender a Ferrari e uma das Mercedes, além de outros artigos de luxo, como relógios, vinhos avaliados em R$ 7 milhões, uma réplica de carro de Fórmula 1 e um capacete autografado por Ayrton Senna.

Cavalcante não foi preso. O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator do inquérito, e foi quem autorizou a operação.

Veículos apreendidos pela PF (Foto: Reprodução)

Investigação do caso do INSS

Além da operação sobre Cavalcante, também em Brasília, foi preso Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”. Segundo a investigação, ele teria pago R$ 9,3 milhões em propina a servidores para liberar descontos ilegais em aposentadorias e pensões. A defesa informou que vai tentar a liberdade do acusado.

Outros carros de Antunes já haviam sido apreendidos em maio, sob suspeita de que ele tentava vendê-los para ocultar patrimônio.

Maurício Camisotti, suspeito de administrar empresas ligadas ao esquema, também foi preso em São Paulo.

A PF encontrou dois fuzis, duas pistolas, R$ 460 mil em espécie e dezenas de obras de arte na casa do advogado Nelson Williams, outro alvo da operação.

Segundo a PF, todos os bens apreendidos ficarão à disposição da Justiça e poderão ser usados para ressarcir os cofres públicos.

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