Casa BrasilCalor, fome e abandono: a realidade das escolas de Santana (AP)

Calor, fome e abandono: a realidade das escolas de Santana (AP)

Deputado R.Nelson (PL-AP) mostra calor insuportável e falta de merenda; Governador Clécio destinou R$ 54 milhões para Expofeira e carnaval no RJ.

por admin
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Enquanto alunos da rede estadual em Santana suportam calor insuportável em salas de aula deterioradas e sem merenda, o governador Clécio Luís (Solidariedade) liberou R$ 10 milhões para uma escola de samba do Rio de Janeiro e mais R$ 44 milhões para a ExpoFeira. A denúncia do abandono foi feita pelo deputado estadual R. Nelson (PL-AP), durante visita a três escolas do município, e escancarou a contradição de um governo comandado por um professor de carreira que, na prática, parece priorizar a projeção nacional em detrimento da educação local.

A reportagem acompanhou o parlamentar e constatou a situação de precariedade. Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver a estrutura física das escolas em estado crítico, com ventiladores quebrados e alunos reclamando do calor excessivo, comum no clima amazônico. A merenda escolar, item básico para o desenvolvimento dos estudantes, também estava ausente.

Indignado, o deputado R. Nelson detonou a gestão estadual. “Dinheiro para a educação do Amapá não tem. Mas para escola de samba do Rio de Janeiro ele arrumou R$ 10 milhões. Para a ExpoFeira, foram R$ 44 milhões. É uma vergonha”, criticou o parlamentar, em referência direta aos investimentos do governador em eventos fora do estado. “O governador é professor, mas está virando as costas para a educação do Amapá”, completou.

A fala do deputado ecoou instantaneamente entre pais, alunos e professores, transformando-se em um grande mal-estar para o Palácio do Setentrião. A hashtag #ClécioInvesteNoRio começou a circular, com usuários cobrando explicações sobre a prioridade do governo em financiar a folia carioca enquanto as crianças amapaenses sofrem com a falta de infraestrutura mínima.

A gestão Clécio Luís, que chegou ao poder com um discurso de valorização da educação, agora se vê encurralada por uma pergunta que não quer calar: como justificar milhões para o samba e eventos externos quando a escola pública amapaense clama por recursos? O silêncio do governo, até o momento, só aumenta a revolta e a sensação de abandono em Santana. A bola agora está com o governador, que precisa explicar aos amapaenses onde estão suas verdadeiras prioridades.

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