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Os índices futuros dos Estados Unidos operam sem direção única, nesta quarta-feira (10), com os mercados à espera da divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de agosto nos EUA. O dado, previsto para as 9h30, é visto como um termômetro da inflação no atacado e pode influenciar a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) sobre o rumo dos juros na próxima semana. O índice antecede a divulgação do CPI, o índice de preços ao consumidor, programado para quinta-feira (11).
Na véspera, as bolsas norte-americanas renovaram máximas históricas, impulsionadas pela revisão dos dados de emprego que reforçaram sinais de desaceleração no mercado de trabalho, fortalecendo as apostas de corte de juros.
No Brasil, o destaque econômico é a divulgação da inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto, prevista para as 9h. A agenda ainda traz, ao meio-dia, a pesquisa de confiança do consumidor de setembro e, às 14h30, o fluxo cambial semanal.
No cenário jurídico, a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma o julgamento de réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O voto do ministro Luiz Fux abre a sessão desta quarta, com continuidade prevista até o dia 12.
No setor corporativo, a Embraer fará um anúncio considerado “marco” para suas operações nos EUA. Segundo o J.P. Morgan, o comunicado pode envolver o fim de tarifas de importação, a venda do cargueiro militar KC-390 ao governo norte-americano ou a negociação de jatos comerciais da linha E2 com uma companhia aérea local.
Brasil
O Ibovespa encerrou a terça-feira (9) em leve baixa de 0,12%, aos 141.618 pontos, após oscilar entre ganhos e perdas durante o pregão. O dólar comercial avançou 0,35%, cotado a R$ 5,4358.
Os papéis da Petrobras (PETR4) subiram ao longo do dia, acompanhando a alta do petróleo no exterior. Já as ações da Vale (VALE3), que chegaram a operar em alta, viraram para o negativo e puxaram o principal índice da Bolsa brasileira para baixo.
Em dia de agenda esvaziada, os investidores acompanharam a retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de tentativa de golpe de Estado.
Europa
As bolsas europeias sobem hoje com foco em lucros, inflação e tensões geopolíticas. O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à UE (União Europeia) tarifas de até 100% contra China e Índia por comprarem petróleo russo. A medida visa pressionar Moscou, mas pode acirrar disputas comerciais.
STOXX 600: +0,58%
DAX (Alemanha): +0,63%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,36%
CAC 40 (França): +0,75%
FTSE MIB (Itália): +0,46%
Estados Unidos
As ações da Oracle subiram 26% após alta de 1.529% na receita com bancos de dados multicloud. O crescimento foi impulsionado pela demanda por servidores de inteligência artificial. Apesar de resultados abaixo do esperado, a projeção otimista para a nuvem animou investidores. A empresa se beneficia da integração com Amazon, Google e Microsoft.
Dow Jones Futuro: -0,12%
S&P 500 Futuro: +0,23%
Nasdaq Futuro: +0,17%
Ásia
As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam em alta, acompanhando o otimismo de Wall Street. Na China, o CPI (inflação do consumidor) caiu 0,4% em agosto, enquanto o PPI (inflação do produtor) recuou 2,9%, em linha com previsões. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,67% e renovou recorde, com sete altas seguidas. O desemprego sul-coreano subiu levemente para 2,6% em agosto.
Shanghai SE (China), +0,13%
Nikkei (Japão): +0,87%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,01%
Nifty 50 (Índia): +0,36%
ASX 200 (Austrália): +0,31%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta depois que Israel atacou a liderança do Hamas no Catar e o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à Europa que impusesse tarifas aos compradores de petróleo russo, mas uma perspectiva fraca de mercado limitou os ganhos.
Petróleo WTI, +0,94%, a US$ 63,22 o barril
Petróleo Brent, +0,87%, a US$ 66,97 o barril
Agenda
Nos EUA, será divulgado o Índice de Preços ao Produtor de agosto (PPI, na sigla em inglês).
Por aqui, no Brasil, os Correios enfrentam risco de ficar sem caixa para pagar salários e despesas básicas até o fim de 2025, podendo precisar de aporte do Tesouro Nacional de até R$ 8,7 bilhões, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. No primeiro semestre, a estatal registrou rombo de R$ 4,37 bilhões, três vezes maior que em 2024, impactada por sentenças judiciais, equacionamento do fundo Postalis e perda de receitas com importações pequenas. A empresa tem recorrido a vendas de imóveis, programa de demissão voluntária e empréstimos, mas o caixa segue pressionado, e atrasos em pagamentos a fornecedores somam cerca de R$ 600 milhões.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg